
Análise da música de Chico Buarque- Assentamento
Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão-contente com minha terra
Cansado de tanta guerra
Crescido de coração
Zanza daqui Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim Vamos embora
Embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Oh, Manuel, Migüilim
Vamos embora
Zanza daqui
Zanza pra acolá
Fim de feira, periferia afora
A cidade não mora mais em mim
Francisco, Serafim
Vamos embora
Embora
Ver o capim
Ver o baobá
Vamos ver a campina quando flora
A piracema, rios contravim
Binho, Bel, Bia, Quim
Vamos embora
Quando eu morrer
Cansado de guerra
Morro de bem
Com a minha terra:
Cana, caqui
Inhame, abóbora
Onde só vento se semeava outrora
Amplidão, nação, sertão sem fim
Oh, Manuel, Migüilim
Vamos embora
Quando eu morrer, que me enterrem na beira do chapadão-contente com minha terra
Cansado de tanta guerra
Crescido de coração

A música trata sobre um sertanejo, que passou a sua vida toda ao lado dos chapadões, perto das plantações e em convivência com a terra. Viveu no sertão, e quando morrer quer ser enterrado no mesmo lugar onde passou a maior parte de sua vida, e provavelmente onde passou alguns bons momentos. E se morrer morrerá em paz, sem guerra interior, sem guerra propriamente dita, sem peso no coração. Morrerá bem, pois sabe que fez o bem, sabe que cresceu internamente e junto com o seu crescimento pode ajudar outras pessoas. Um homem simples, e que soube viver a sua vida. E ao final convida aos seus amigos a ir embora, para ver o que ele pode ver: uma vida no campo cheia de mistérios e belezas, onde o bonito e o belo é ver as plantas florescerem, ver o piracema(um espetáculo de procriação dos peixes), e ver na natureza a razão de estar vivo.